Sobre eleições e Copa do Mundo
De repente, eleitores tornaram-se “hooligans”
Este ano foi o ano em que “futebolizamos” a politica.
Nunca foi tão difícil identificar se eu estava falando com um eleitor de algum candidato, ou com um “hooligan”.
Já estamos vivendo os primeiros dias da Copa do Mundo – rumo ao Hexa – e o assunto eleições ainda não saiu de pauta.
Nem mesmo a convocação de Daniel Alves conseguiu ocupar as rodas de discussões!
Por trabalhar há mais de 20 anos com futebol, não tenho dúvidas que ele explica nosso país. Mas nunca imaginaria que as torcidas organizadas fizessem as vezes das nossas autoridades de segurança e garantissem nosso direito de ir e vir nas estradas.
Já adianto que não tenho nenhuma simpatia por ambos os candidatos que disputaram o 2º turno das eleições. Mas esta polarização do nosso país já merecia um “cartão vermelho” há tempo.
Por isso, ouso dizer que esta Copa talvez possa ser a última chance de nos reconciliarmos com familiares, amigos, colegas etc… que rompemos durante este surreal processo eleitoral.
Afinal, não tenho duvidas que a convocação do Tite é questionável. Também não há duvidas que questionaremos escalação e o esquema tático da seleção durante a competição. Mas também não tenho dúvidas que todos nós, brasileiros, independente de posição politica, raça, cor, gênero, classe social, etc… vai torcer pelo Hexa. Até mesmo aqueles que dizem que não ligam pra futebol, certamente darão uma olhada nos jogos e acabarão festejando o título.
Por isso, se a seleção vai jogar pela “direita”, ou pela “esquerda”*, o que valerá será a taça!
Que fique claro: não estou pregando uma cegueira diante dos problemas em que vivemos e nem que não cobremos nossos governantes, independente da sua ideologia. Longe disso.
Mas acredito que todos nós devemos nos unir para “cobrar o Hexa da Seleção”, independente do técnico, da escalação, da tática, etc…
Rumo à paz e ao Hexa!
*creio que o “esquema” vencedor será sempre o “centrão”.
